O preço da produção de eletricidade em Portugal vai ser pago esta sexta-feira à noite a 409,30 euros por MWh.
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O preço horário para as 20h00 divulgado esta sexta-feira pelo Mercado Ibérico de Electricidade (MIBEL) supera o anterior máximo atingido dias antes do Natal. No dia 23 de dezembro de 2021 o preço às 19h00 foi de 409 euros por MWh.
Agora, a crise dos preços da energia é pressionada pela guerra na Ucrânia que promove a subida do custo do gás natural e também de todas as outras formas de produção de eletricidade.
Face a esta realidade o Ministro do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes insistiu esta sexta-feira em Lisboa que é suficiente a anunciada injeção extra de 150 milhões de euros do Fundo Ambiental para travar a subida de preços da energia nos consumidores.
Para João Pedro Matos Fernandes, "o Fundo Ambiental tem as suas receitas indexadas aos leilões de licenças de emissão de carbono, não só o preço do carbono tem aumentado em Portugal como têm sido necessárias mais licenças porque estamos a produzir mais eletricidade a partir de Gás Natural do que aconteceu nos anos precedentes; isso reflete-se numa receita extra, estimada para este ano, de 150 milhões de euros e são esses 150 milhões de euros dos fundo ambiental que estão a caminho do sistema elétrico nacional para reduzir as tarifas de acesso à rede e por essa via inibir o aumento do preço da eletricidade para as famílias e para as industrias", explica.
Mas o ministro com a tutela da energia defende que a Europa deve pensar a energia de forma diferente sem por de lado a componente logística do porto de Sines.
"Sines pode ser uma importantíssima porta de entrada para a Europa do Gás Natural Liquefeito, sabemos bem qual é o investimento que tem que ser feito em Portugal para que isso aconteça, é investimento na armazenagem, num novo pipeline e em formas mais eficientes de descarregar esse gás dos navios, e esse é um projeto essencial para toda a Europa e é essencial para Portugal que este pipeline venha a ser feito porque é já pensado para o hidrogénio verde que Portugal vai poder produzir em condições de mercado mais competitivas do que o norte da Europa", adianta o ministro João Pedro Matos Fernandes.
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