Associação 25 de Abril diz que diálogo entre gerações é a única forma de fazer os mais novos perceberem a importância de uma revolução que faz 43 anos. E compara a liberdade à saúde.
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O presidente da Associação 25 de Abril diz que só a transmissão de histórias e experiências dos mais velhos para os mais novos poderá manter vivos os "valores de Abril que permitiram", por exemplo, "encontrar a atual solução governativa".
Vasco Lourenço defende que depois de anos em que quem liderava o país colocou de lado valores como uma "sociedade mais justa, mais democrática, mais fraterna, mais democrática e menos desigual, agora estamos mais desanuviados e libertos de grandes preocupações".
À TSF, o membro do Movimento dos Capitães, do Movimento das Forças Armadas e do Conselho da Revolução admite que o 25 de Abril foi há muito tempo, 43 anos, mas ainda faz sentido celebrar a revolução.
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Vasco Lourenço diz que "a liberdade é como a saúde": "Só sentimos falta dela quando não a temos", pelo que é normal que os jovens não liguem muito ao 25 de Abril.
"É preciso por isso continuar a cultivar a liberdade pois é um bem que nunca está seguro. Os mais novos", defende o capitão de Abril, "devem pedir aos avós, porque os pais provavelmente já não viveram esses tempos, que lhes contem como era Portugal antes de 25 de Abril para compararem e concluírem que hoje o país está muito melhor".
Vasco Lourenço diz que depois de um "momento crítico" em que quem governou o país "olhava para tudo o que cheirava a Abril com um ódio tremendo, felizmente a democracia funcionou e hoje estamos mais libertos de grandes preocupações".No entanto, acrescenta que "é preciso aproveitar a liberdade para construir uma sociedade mais justa e fraterna".
Sobre os discursos deste feriado, o antigo capitão de Abril espera um discurso construtivo, nomeadamente do Presidente da República reafirmando os valores da revolução e a necessidade de os manter vivos.