8 actores, 4 línguas e 2 teatros. A mais recente encenação de Marco Paiva agita a linguagem das artes performativas. Agita, renova, constrói e questiona: "Que teatro queremos fazer? Quem são os artistas que ocupam os palcos desse teatro?"Juntando no palco actores com e sem deficiência, o espectáculo "Calígula morreu, Eu não" é uma ponte para a inclusão. Os actores Jesus Vídal e Paulo Azevedo ajudam-nos a atravessar o caminho.
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Marco Paiva desenha neste Calígula o ensaio de uma revolução. Produtor da Terra Amarela, a plataforma de criação artística Inclusiva que fundou em 2018, o actor e encenador persiste no desafio de cruzar todas as linguagens nas artes performativas.
É no festival Una Mirada Diferente, que o projecto ganha corpo formas e tamanhos.
Com texto da dramaturga espanhola Claudia Cedo, "Calígula morreu, Eu Não" é mais um dos projectos desafiantes com que o encenador Marco Paiva abraça as diferenças.
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A entrar no último fim de semana, na Sala Garrett do Dona Maria II, em Lisboa, a conversa flui simples com o encenador e dois dos oito actores que partilham o palco
Jesus Vidal, o actor cego, premiado com um Goya em 2019, e Paulo Azevedo, o actor português que nasceu sem braços e sem pernas.
Para eles, o teatro é luz e liberdade.