A conclusão é do maior estudo já realizado sobre a disseminação de notícias falsas na internet, feito pelo MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e publicado na revista Science.
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As notícias falsas espalham-se mais depressa do que as verdadeiras na rede social Twitter.
Um estudo do MIT, o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, concluiu que as notícias falsas têm 70% mais probabilidade de serem partilhadas do que a informação verdadeira e alcançam muitas mais pessoas.
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Foi o atentado na maratona de Boston - que, em abril de 2013, matou três pessoas e feriu mais de 200 outras - que deu o mote para o estudo do MIT.
Um dos investigadores percebeu que nos dias seguintes à explosão muita da informação que correu no Twitter era absolutamente falsa.
Depois de analisados mais de 10 anos de 'tweets', os investigadores perceberam que a informação verdadeira demora seis vezes mais a alcançar 1500 pessoas que a informação falsa.
"Atrás da mentira, mentira vem" e, por isso, a equipa olhou para o efeito dominó na circulação das chamadas 'fake news': enquanto a informação verdadeira chega a pouco mais de mil pessoas, já a falsa pode atingir até 100 mil pessoas.
Nos casos de acontecimentos-chave, como atentados e catástrofes, a informação falsa aumenta. Mas são mesmo as notícias sobre política que mais sucesso fazem entre os internautas.
Outra conclusão do estudo, e a que mais surpreendeu os investigadores, mostra que são as pessoas quem mais partilham a informação errada e não os robots da internet, como muitas vezes se pensa.