«A situação em que Portugal se encontra só será ultrapassada com muito trabalho», diz Miguel Relvas
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares afirmou hoje que o Governo compreende e respeita o direito à greve, mas considerou que «a situação em que Portugal se encontra só será ultrapassada com muito trabalho e muita serenidade».
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Questionado pela comunicação social, numa conferência de imprensa sobre as conclusões do Conselho de Ministros, Miguel Relvas escusou-se a fazer um balanço ou avançar uma estimativa do Governo quanto à adesão à greve geral de hoje: «Para nós a greve geral não é uma guerra de números».
Quanto aos portugueses que aderiram à greve geral de hoje, o ministro disse que «há uma compreensão» e um «respeito escrupuloso do direito à greve» por parte do executivo PSD/CDS-PP.
«Respeitamos os portugueses que estão a fazer a fazer greve, da mesma forma que o fazemos em relação a muitos milhões de portugueses que também estão a trabalhar», completou.
O ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares insistiu que será necessário «um grande empenho, uma grande capacidade de trabalho e também um grande grau de exigência» para que Portugal ultrapasse a situação em que se encontra.
Miguel Relvas assinalou que «o Governo tem consciência das dificuldades que o país atravessa e que todos os portugueses atravessam», mas manifestou a certeza de que «todos os sacrifícios que hoje os portugueses estão a fazer vão valer a pena no futuro».
Quanto à acção do Governo, o ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares reclamou que foram iniciadas reformas, que tem havido «justiça nas medidas» e que sido pedidos mais sacrifícios àqueles que mais podem.
Entre as medidas aprovadas nos primeiros cinco meses de governação, Miguel Relvas destacou a aprovação de um Plano de Emergência Social.