Os autarcas de Setúbal, Alcácer do Sal e Grândola acusam a travessia de barco entre Setúbal e a península de Tróia de ser uma barreira para se chegar a Tróia.
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O Porto de Setúbal deveria deixar de gerir o transporte fluvial no Rio Sado. Esta é uma das hipóteses deixadas esta terça-feira pelos autarcas de Setúbal, Alcácer do Sal e Grândola devido aos elevados custos do tarifário da travessia de barco entre Setúbal e Tróia.
A travessia de barco está concessionada a uma empresa da SONAE, a Atlantic Ferries. A SONAE requalificou o projeto turístico de Tróia, mas afastou pelo preço dos bilhetes dos barcos o acesso da população de Setúbal à praia. Cada viagem de ida e volta custa 8,80 euros, um preço que os autarcas, como o presidente da Câmara de Setúbal, André Martins, contestam.
Para André Martins, "a partir de 2007, com a nova concessão, os preços foram aumentando e hoje estão em valores que são incomportáveis para os cidadãos fazerem a travessia e também para a atividade económica utilizar este transporte".
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O autarca acusa que "nós hoje temos aqui uma barreira no Sado que impede essa facilidade de ligação. Os presidentes das câmaras desta zona ribeirinha Setúbal, Alcácer do Sal e Grândola entendemos tomar esta posição pública de denunciar esta situação" e para já vão "tomar a iniciativa de junto da Área Metropolitana de Lisboa e também do governo, porque se trata de um território nacional e que, portanto, é preciso garantir a mobilidade com os menores custos às populações", defende.
Os autarcas colocam em cima da mesa várias possibilidades, incluindo a inclusão dos barcos na Transportes Metropolitanos de Lisboa.
"Seja por manter a concessão até ao final, seja por rescindir a concessão e, portanto, se for para manter a concessão, ver de que forma é que se pode contribuir para baixar o preço dos bilhetes, reduzir o tarifário e criar as essas condições para que as pessoas mais facilmente possam circular entre as duas margens. Há várias formas de resolver este problema. Mas nós deixamos isso para a Área metropolitana de Lisboa, porque tem uma entidade que foi criada, a empresa pública TML, Transportes Metropolitanos de Lisboa e que têm conhecimento e experiência nesta matéria e que pode por aí encontrar-se uma solução", conclui.