A candidata do Bloco de Esquerda a Lisboa deu uma "bicicletada" entre o Saldanha e os Restauradores. O objetivo foi mostrar que as ciclovias estão nas prioridades do partido para a capital e é preciso melhorar as mais problemáticas.
Corpo do artigo
Beatriz Gomes Dias percorreu ao todo 2,3 km de bicicleta entre o Saldanha e os Restauradores, em Lisboa. Uma distância que serviu para a candidata do Bloco de Esquerda (BE) à autarquia lisboeta rejeitar qualquer possibilidade de "abdicar das ciclovias".
Para a candidata à capital, as ciclovias são "fundamentais na cidade e devem ser construídas" para garantirem maior segurança e conforto às pessoas que usam as bicicletas e aos peões em geral". Quanto às mais que têm sido mais polémicas, como a da Avenida Almirante Reis, Beatriz Gomes dias afirma que "aquelas onde forem identificados erros na construção devem ser corrigidos. [Algo que pode ser feito] Em articulação com as populações e as associações de utilizadores de bicicletas, que têm uma boa reflexão, estudos e experiência no desenho das ciclovias e urbanismo".
TSF\audio\2021\09\noticias\21\21_setembro_2021_miguel_laia_beatriz_gomes_dias
A comitiva, composta por 30 apoiantes da candidata, não fez o percurso todo em ciclovias, como explica Beatriz Gomes Dias: "Há uma ciclovia até à zona do Marquês de Pombal e depois a partir daí ela é interrompida. Viemos numa via partilhada do lado esquerdo de quem desce e aí já é menos confortável."
A cabeça de lista do BE defende, por isso, um aumento da rede de ciclovias em Lisboa, em especial para zonas onde ainda não existem, ao contrário de uma aposta em vias partilhadas, onde bicicletas e carros circulam lado a lado.
Para além das ciclovias, Beatriz Gomes Dias aproveitou ainda a ocasião para a abordar outras propostas em matéria de transportes. A candidata pelo BE lembrou que "a quantidade de carros que entra na cidade tem um contributo muito grande no aquecimento global" e que a solução passa pela aposta nos transportes públicos.
Neste sentido, o BE propõe que o passe dos transportes seja gratuito para as pessoas que vivem na cidade de Lisboa. "Como esta medida tem de ser implementada de forma faseada, nós consideramos que é fundamental começar com as pessoas desempregadas e depois estender às pessoas mais velhas, às pessoas mais novas e ao resto da população. Ao mesmo tempo, vamos melhorando a oferta de transporte público e a aquisição de viaturas para poder garantir a qualidade do transporte público", frisa Beatriz Gomes Dias.
Com estas medidas de incentivo a um novo tipo de mobilidade, Beatriz Gomes Dias quer "melhorar a mobilidade e incentivar as pessoas a deixarem os carros em casa".