Abrir escolas na primeira quinzena de maio pode ser uma hipótese. PSD pede calma
Carlos César admite que se está a trabalhar na hipótese de recomeçar as aulas na primeira quinzena de maio, David Justino pede ponderação para evitar segunda ronda de contaminação.
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O tema da reabertura das escolas continua em cima da mesa, sendo que após a reunião do Infarmed o Presidente da República deu a entender que as atividades escolares não voltam já no dia 13 de abril e o primeiro-ministro está a ouvir os partidos esta quinta-feira, antes de anunciar uma decisão.
Carlos César, no programa Almoços Grátis as TSF, revelou que a "conduta adequada" é a de "ponderar a reabertura em função da curva epidémica em abril", ressalvando que "devemos trabalhar como uma hipótese a primeira quinzena do mês de maio", pelo menos para o ensino secundário.
Lembrando que a "perspetiva era de retomar a 4 de maio aulas no secundário, mesmo que facultativas", o presidente do PS enaltece que "são poucos os países que estão a abrandar restrições, inclusive no funcionamento das escolas".
David Justino, enquanto professor, pede prudência, voltando a lembrar, como já havia feito após a reunião do Infarmed, que as escolas não têm só crianças, que são um grupo de pequeno risco, mas também docentes e funcionários. "50% dos auxiliares e docentes têm mais de 50 anos constitui grupo de risco problemático", aponta, acrescentando ainda que os jovens vão estar em contacto com os pais.
"É muito cedo e pode alimentar uma segunda vaga de contaminação e de mortes", alerta, pedindo que haja "calma" relativamente às perspetivas para o mês de maio e procura de "soluções A e B para ver como vai ser a evolução no mês de abril".
* programa Almoços Grátis moderado por Anselmo Crespo