Acidente C-130: Não houve comunicação de emergência, causas ainda desconhecidas
A informação é avançada pela Força Aérea Portuguesa num comunicado divulgado na sua página na internet, onde apresenta as conclusões preliminares da comissão de investigação ao acidente com o C-130.
Corpo do artigo
O avião C-130H que se incendiou segunda-feira na base aérea do Montijo provocando a morte a três dos sete tripulantes "imobilizou-se fora da pista" durante a corrida de descolagem e a tripulação não chegou a reportar qualquer emergência.
Em comunicado divulgado na sua página na internet, a Força Aérea Portuguesa (FAP) avançou algumas conclusões preliminares da Comissão Central de Investigação ao acidente, esclarecendo que a "aeronave imobilizou-se fora da pista, incendiando-se de imediato, o que resultou na sua perda total".
"O acidente ocorreu durante uma missão de treino para qualificação da tripulação, ainda na corrida de descolagem, sem que esta se tenha verificado", refere a FAP. Da parte da tripulação, "não houve reporte de qualquer situação de emergência".
A FAP afirmou que "os quatro militares que conseguiram sair da aeronave fizeram-no pelos seus próprios meios, não tendo em qualquer momento regressado ao avião". Posteriormente, foi "confirmada a presença de três vítimas mortais no interior" do avião.
A FAP acrescenta que da investigação "não resultou ainda qualquer conclusão" sobre a causa do acidente.
O ponto da situação divulgado pela FAP indica também que o militar com lesões graves continua internado no Hospital de São José, Lisboa, "encontrando-se estabilizado" mas mantém "o prognóstico reservado". Quanto aos três feridos ligeiros, assistidos no Hospital das Forças Armadas, receberam alta hospitalar durante a tarde de terça-feira.
O acidente sofrido pelo C-130H foi o primeiro com vítimas mortais na história desta classe de aeronaves ao serviço da Força Aérea Portuguesa.
Seguindo os procedimentos legais, por ter ocorrido dentro do perímetro das instalações militares e dado terem-se registado três vítimas mortais, a Polícia Judiciária Militar foi notificada, disse à Lusa o coronel Rui Roque, porta-voz do ramo.