Acordo entre Chega e PSD. Líder do CDS acusa André Ventura de aproveitamento político
Francisco Rodrigues dos Santos acusou também os meios de comunicação social de estarem a levar o Chega ao colo até ao poder.
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Quase uma semana depois do acordo que viabiliza o Governo de direita nos Açores entre o PSD e o Chega, o líder do CDS fala pela primeira vez do apoio do partido de André Ventura para um executivo que o CDS vai integrar. Francisco Rodrigues dos Santos acusa o deputado do Chega de aproveitamento político.
Durante uma conferência de imprensa sobre propostas para a economia que o CDS vai apresentar no parlamento, esta quinta-feira à tarde, o líder centrista garantiu que o PSD não se desviou um milímetro das convicções que tem e acusou os meios de comunicação social de estarem a levar o Chega ao colo até ao poder.
"O Chega não só não foi a terceira força política - foi o CDS -, como acabou por viabilizar o Governo entre o PSD, o CDS e o PPM para o qual não entra. O Chega, de facto, ficou encurralado e numa verdadeira encruzilhada", explicou Francisco Rodrigues dos Santos.
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Sem poupar nas palavras para descrever as personalidades da direita que subscrevem críticas aos partidos extremistas e preferem os salões do Bairro Alto e os amigos de esquerda, Francisco Rodrigues dos Santos não esclarece se teme que o CDS perca espaço nos entendimentos com o PSD, mas deixa claro que votos são sempre bem-vindos.
"Deve rejeitar-se um voto de apoio pela sua origem? O Chega está no parlamento dos Açores e na República por votos dos portugueses e foi um partido viabilizado pelo Tribunal Constitucional. Sou muito claro nesta matéria: estamos disponíveis para receber qualquer voto, independentemente da sua origem, do partido que for, que viabilize as propostas do CDS", afirmou o líder do CDS.
Já no que toca às propostas do partido de André Ventura, o CDS não se compromete, pelo menos para já, em particular na redução do número de deputados.
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