O ACP quer responsabilizar três antigos governantes dos Governos Sócrates por alegada má gestão nas SCUT. Mário Lino não comenta a queixa apresentada pelo ACP.
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O Automóvel Clube de Portugal quer apurar responsabilidades nos casos das SCUT.
A associação entregou por isso, na sexta-feira, uma queixa contra Mário Lino, Paulo Campos e António Mendonça, responsáveis pelas obras públicas nos Governos de José Sócrates.
A participação criminal foi entregue no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP).
Em causa está aquilo que o ACP classifica de gestão danosa nas negociações dos contratos das SCUT.
Os três responsáveis, considera o ACP, não defenderam o interesse público, agiram com dolo, foram responsáveis por prejuízos de milhares de milhões de euros.
Na queixa assinada pelo presidente do ACP, Carlos Barbosa, pode ler-se que os antigos governantes sabiam que estavam a violar regras de controlo e gestão racional, quando optaram pelas parcerias público-privadas sem terem feito estudos prévios.
Além disso, contribuíram necessária e diretamente para a má gestão dos bens públicos, com lucros indevidos para as concessionárias.
Em cima da mesa estão os contratos das antigas SCUT no Interior Norte, Beira Alta e litoral, Grande Porto, Litoral centro e Grande Lisboa.
Além de Mário Lino, Paulo Campos e António Mendonça, o ACP quer que se apurem outros responsáveis e pede também ao DIAP que exija ao governo todos os documentos relativos a estes processos.
Como testemunhas, o ACP quer ainda que sejam ouvidos economistas e especialistas em transportes, como Medina Carreira, João Duque, ou o vereador da câmara de Lisboa, Nunes da Silva.
Contactado pela TSF Mário Lino não quis fazer qualquer comentário e diz que vai esperar que a justiça siga o seu curso.