Adão e Silva, Galamba e Cravinho. "Que primeiro-ministro é este que vive bem com isto?"
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A Iniciativa Liberal (IL) centra as várias polémicas do Governo em apenas um protagonista: António Costa. As palavras de Pedro Adão e Silva sobre os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito mostram que o governante "não tem condições para ser ministro", mas os liberais preferem "não desviar a atenção" do verdadeiro problema.
Em entrevista à TSF, durante as jornadas parlamentares do partido, na Madeira, Rui Rocha coloca António Costa como mentor das declarações polémicas do ministro da Cultura, afirmando que "Pedro Adão e Silva está ao serviço de algum objetivo", partilhado pelo primeiro-ministro
Um ministro que ataca o Parlamento não tem condições para ser ministro
"Considero que um ministro que ataca o Parlamento, de facto, não tem condições para ser ministro", atira.
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Além de Pedro Adão e Silva, o presidente da IL coloca na "corda bamba" mais três ministros do Governo socialista: João Galamba, que até já apresentou a demissão, João Gomes Cravinho, ligado à demissão do secretário de Estado da Defesa, e Maria do Céu Antunes, pela "incompetência" na agricultura.
"João Galamba tem condições para ser ministro? E João Cravinho? E a ministra da Agricultura? Se olharmos para o Governo, conseguimos identificar, muito rapidamente, quem não tem condições para ser ministro e é muito difícil encontrarmos quem tem condições", sintetiza o líder dos liberais.
Que pessoas são estas? E que primeiro-ministro é este?
Ainda assim, Rui Rocha prefere salientar "a incapacidade de António Costa", tanto em governar como "em gerir a sua própria casa" e alerta que "focar num ministro ou noutro desvia a atenção" do primeiro-ministro.
"Que pessoas são estas? E que primeiro-ministro é este que vive bem com isto e ainda desvaloriza as questões, nomeadamente da corrupção?", questiona.
Em entrevista à TSF e ao JN, Pedro Adão e Silva lamentou que a comissão de inquérito tenha contribuído para a "degradação da imagem das instituições e da democracia", com deputados como "uma espécie de procuradores do cinema americano de série B da década de 80".
