Os trabalhadores do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais cumprem, esta quinta-feira, o primeiro de dois dias de greve, para exigir aumentos salariais, redução de horário de trabalho e pagamento de subsídio de risco, entre outras reivindicações.
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O protesto foi convocado pela Federação dos Sindicatos de Agricultura, Alimentação, Bebidas, Hotelaria e Turismo de Portugal (FESAHT), da CGTP, que acusa a administração do Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH) de "recusar-se a negociar aumentos salariais e outras propostas sindicais".
Francisco Figueiredo, dirigente da Federação afirma, à TSF, que os cerca de quatro mil trabalhadores do SUCH reivindicam não só aumentos salariais de 90 euros, uma vez que muitos destes trabalhadores ganham o salário mínimo, mas também a redução do horário de trabalho para as 35 horas, tal como é aplicado a outros setores da função pública, o pagamento do subsídio de risco de 7%, o pagamento do trabalho ao fim de semana, a atualização do subsídio de refeição e a realização de testes de despistagem de Covid-19, entre outras reivindicações.
No primeiro balanço da paralisação, Francisco Figueiredo refere que nas cantinas, "a adesão é de praticamente 100%, estando garantido apenas os serviços mínimos para os doentes internados. A paralisação está a ter também muitos efeitos nos serviços de lavandaria, resíduos e manutenção, com uma adesão de cerca de 80%".
Os trabalhadores do SUCH da região norte estão, esta quinta-feira, concentrados em protesto frente ao Hospital de São João. O mesmo vai acontecer na região centro, junto à porta do Hospital São Teotónio, em Viseu.