Em declarações à revista Sábado, Adelino Cunha confirmou que manteve por sua iniciativa contactos com Jorge Silva Carvalho durante o período em que foi adjunto de Miguel Relvas.
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O adjunto de gabinete do ministro dos Assuntos Parlamentares pediu a demissão do seu cargo, um pedido já aceite por Miguel Relvas, confirmou a TSF.
Em declarações à revista Sábado, que avançou esta notícia, Adelino Cunha confirmou que conheceu «Jorge Silva Carvalho antes de ter sido nomeado adjunto político do Ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares».
Este antigo jornalista explicou ainda que manteve por sua iniciativa contactos com o antigo diretor do Serviço de Informações Estratégicas de Defesa (SIED) durante o período em que foi adjunto de Miguel Relvas e que se encontrou com Silva Carvalho em Setembro de 2011.
Nessa altura, o antigo espião «manifestou a sua indignação pelo facto de um envelope que lhe fora enviado pela Assembleia da República ter sido alegadamente violado».
«A título pessoal, contactei antigos colegas jornalistas alertando-os para esse facto. Informei-o também sobre os rumores que corriam na Assembleia da República sobre o alegado conteúdo dos documentos», acrescentou.
Adelino Cunha indicou ainda que «ao longo de 20 anos de carreira como jornalista e historiador» tratou de diversas matérias relacionadas com o SIED em artigos de jornal, revistas e em livros que publicou.
A revista Sábado acrescenta também que o Ministério Público encontrou nos telemóveis de Silva Carvalho mensagens trocadas com Adelino Cunha.
Contactados pela TSF, quer Adelino Cunha quer o gabinete do ministro Miguel Relvas preferiram não fazer qualquer comentário a esta situação.