Administração tem "postura de quer, posso e mando". Sindicato dos Trabalhadores da CGD admite ações de protesto
Em declarações à TSF, o presidente do sindicato, Pedro Messias, revela as razões do descontentamento dos trabalhadores, tais como "questões de assédio moral, onde, por exemplo, [administradores] dão inexplicavelmente o processo como encerrado e não deixam consultá-lo"
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O Sindicato de Trabalhadores das Empresas do Grupo CGD (STEC) acusa a administração do banco de "destruir, ignorar e desprezar o diálogo e a paz social". Em comunicado divulgado no site lê-se que a administração tem mostrado "uma postura de total intransigência e irredutibilidade". Destaca ainda alguns exemplos de ações instauradas nos Tribunais do Trabalho e de queixas à Autoridade para as Condições de Trabalho.
Em declarações à TSF, o presidente do STEC, Pedro Messias, dá conta das razões que levam ao descontentamento dos trabalhadores, desde "a postura do quer, posso e mando" do banco até "questões de assédio moral, onde, por exemplo, [a CGD] dá inexplicavelmente o processo como encerrado e não deixa o trabalhador consultá-lo".
Pedro Messias admite estarem em cima da mesa várias ações dos trabalhadores caso as exigências não sejam correspondidas.
Perante esta posição do sindicato, a Caixa Geral de Depósitos lamentou que no dia em que aconteceu a primeira reunião de Conciliação no Ministério do Trabalho, pedida pelo Sindicato de Trabalhadores das Empresas do Grupo na sequência do processo de negociação de aumentos salariais, o sindicato revele "espírito antagónico" no processo de conciliação.
"Desde sempre, a Caixa tem tido, e continuará a ter, uma postura diálogo com os seus trabalhadores, através dos seus sindicatos. É esse o espírito com que tem recebido, inúmeras vezes, os seus representantes, procurando encontrar consensos que permitam proteger a paz social alcançada há vários anos", pode ler-se no comunicado enviado pela CGD.
A Caixa refere mesmo como exemplo o processo negocial relativo à atualização da tabela salarial e garante que continua disponível para prosseguir com as negociações, "embora tenha já processado salários com um aumento médio de 3,25%, superior aos 3% com que o setor assinou com outros sindicatos".
Notícia atualizada às 10h27 do dia 24/07/2024
