
Fernando Fontes/Global Imagens
Da infância para a adolescência, as escolhas alimentares mudam e a preferência pela sopa e pelo peixe perde terreno - é uma das conclusões do relatório "Almoço Virtual".
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O projeto "Almoço Virtual" conta com a parceria da Direção-Geral da Saúde e está a ser desenvolvido nas escolas da Grande Lisboa.
Foram monitorizadas as escolhas de mais de 14.600 crianças e adolescentes e a maioria dava preferência a produtos excessivamente calóricos.
De acordo com os dados a que o Jornal de Notícias teve acesso, mais de metade, 57,5%, entre os seis e os 14 anos, carregaram o tabuleiro com sopa. Já na faixa etária seguinte, apenas 44% o fizeram. Cenário semelhante em relação ao peixe. Na infância, 23% escolheram peixe e na fase seguinte 21%. Pelo contrário, a carne e os refrigerantes ganham espaço no prato dos jovens, em comparação com os mais novos.
Um dos responsáveis por este estudo, em declarações ao JN, afirma que estes resultados "podem querer dizer que os mais novos ainda agem sob influência do que aprendem". João Martins sublinha que existem alguns mitos alimentares. Os jovens acham que há comidas proibidas, e o que este projeto ensina é que existem produtos que devem ser comidos menos vezes.
O "Almoço Virtual" tem com objetivo ensinar as crianças e jovens a fazer opções alimentares mais conscientes. O projeto arrancou no ano passado e o primeiro relatório concluía que as crianças portuguesas consomem proteínas em excesso, sobretudo carne e peixe e poucos vegetais e verduras.