Estudo europeu revela sinais positivos entre os adolescentes portugueses no uso de substâncias viciantes.
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O último Estudo Europeu para o Estudo do Álcool e Outras Drogas em Meio Escolar revela que os adolescentes portugueses estão a fumar, beber e a ficar alcoolizados com menos frequência.
A evolução, vista como positiva pelo Serviço de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas Dependências (SICAD), que hoje apresenta o estudo, revela, por exemplo, que 37% dos jovens portugueses, com idades entre os 15 e 16, já experimentaram tabaco.
Parece muito, mas desde o estudo de 2003 que este indicador regista melhorias, sendo que há mais de uma década ultrapassava os 50%, ficando hoje muito abaixo da média europeia.
Os consumos correntes de tabaco atingem 19% dos jovens portugueses, menos que os 22% da média europeia.
No álcool também diminuíram os consumos experimentais, apesar de 71% admitirem que beberam pelo menos uma vez no último ano, tendo diminuído bastante o número de embriaguezes (28%).
A percentagem que consumiu drogas também estabilizou (16%, quase sempre canábis), mas há uma diminuição dos consumos recorrentes e Portugal fica abaixo da média europeia.
Sinal negativo, contudo, para o consumo de medicamentos tranquilizantes e/ou sedativos com receita médica. Portugal tem, a este nível, a segunda taxa mais alta da Europa, com 13%.
Pelo contrário, com o encerramento das smartshops, conhecidas por serem uma espécie de venda legal de drogas, o consumo de novas substâncias psicoativas caiu para valores residuais em Portugal, ou seja, perto de 1% entre os adolescentes ouvidos neste inquérito.
Além de questionar sobre tabaco, álcool e drogas, este estudo ouviu os portugueses de 15-16 anos sobre os hábitos na internet que segundo os especialistas também podem ser viciantes. Os resultados podem ser conhecidos aqui.