"Afinal há dinheiro." Guardas prisionais marcam greve geral por valorização da carreira
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional espera ainda adesão total a uma outra greve para os dias 13 e 25 deste mês.
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Os guardas prisionais vão voltar a parar no dia 22 deste mês. A greve é de 24 horas e foi convocada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional. O dirigente Frederico Morais revelou à TSF que esta paralização se deve à falta de respostas do Governo, nomeadamente por não equiparar o subsídio de missão da Polícia Judiciária a esta força de segurança.
"Não têm resposta para resolver o nosso problema criado pelo Governo, mas na semana passada reparámos que afinal há dinheiro. Apareceram 500 milhões de euros - e muito bem, porque nós temos de comer -, para os agricultores e as forças e serviços de segurança continuam sem ninguém a querer resolver e ninguém quer saber. Então marcámos mais uma greve geral. Queríamos a valorização da carreira, por exemplo. Nós estamos no mesmo ministério que a Polícia Judiciária e a senhora ministra atribuiu o subsídio de missão - e muito bem - à Polícia Judiciária e ao corpo da guarda prisional não, por isso não podemos aceitar esta discriminação enorme por parte da senhora ministra da Justiça", argumentou Frederico Morais.
Além da valorização da carreira, os guardas prisionais querem também uma valorização dos salários.
"Nas negociações a senhora ministra pôs a baliza de 770 euros, que foi o que atribuiu de subsídio de missão à Polícia Judiciária. Para nós não seriam os 770 porque nós já temos os 100 euros de subsídio de risco. Aliás, não são 100, são 69 porque, pelos vistos, já nos pagavam 31 e mais um suplemento de forças que é 20% do vencimento”, explicou à TSF o dirigente.
Frederico Morais espera ainda adesão total a uma outra greve agendada pelo Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional para os dias 13 e 25 deste mês. A greve é às diligências, pelo que o sindicato alerta que o transporte de presos para os tribunais pode estar em causa se o Governo não atender às exigências.