Afinal, o missal romano encontrado na Argentina não é do Palácio Nacional de Sintra
À TSF, a empresa responsável pelo Palácio destaca que o missal roubado em 1997 ainda não apareceu e continua sinalizado pela Polícia Judiciária
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Afinal, o missal romano encontrado na Argentina não é o que desapareceu do Palácio Nacional de Sintra em 1997.
Numa resposta enviada à TSF, a empresa Parques de Sintra que faz a gestão do Palácio Nacional de Sintra e de outros monumentos da região, esclarece que o missal romano apreendido pelas autoridades argentinas, não é o exemplar que tinha sido roubado do Palácio Nacional de Sintra em 1997.
“Na sequência das notícias recentemente divulgadas, importa esclarecer que, após verificação detalhada realizada pelos conservadores do Palácio Nacional de Sintra com elementos adicionais solicitados à Embaixada de Portugal na Argentina, constatou-se que o missal apreendido na Argentina não correspondia ao exemplar desaparecido em 1997 do Palácio Nacional de Sintra”, lê-se na nota partilhada à TSF pela gestora do Palácio Nacional de Sintra”.
A empresa acrescenta que o livro religioso desaparecido do Palácio de Sintra "continua em falta, estando devidamente inventariado e sinalizado junto da Polícia Judiciária".
“A Parques de Sintra agradece o notável empenho e colaboração das entidades envolvidas neste processo, em particular a Embaixada de Portugal na Argentina, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, a Polícia Judiciária, o Instituto Camões e a Museus e Monumentos de Portugal”, finaliza a rede de monumentos e parques de Sintra.
A TSF contactou o Ministério do Estado e dos Negócios Estrangeiros que tem conhecimento da existência do missal, mas não confirma se este pertence, ou não, ao Palácio Nacional de Sintra.
O livro utilizado nas celebrações da missa foi encontrado pelo Departamento de Alfândega da Argentina no Aeroporto Internacional de Buenos Aires que em 2021 detetou o envio internacional de um documento histórico. A peça tem mais de 300 anos e estava a aguardar para ser transportada para Portugal. É uma edição de 1727 que foi pedida pelo Papa Pio V. Ainda assim, não pertence ao Palácio Nacional de Sintra.
