Afogamentos num mar de inverno. "Está a falhar a responsabilidade e atitude das pessoas"
Ribau Esteves defende um modelo coordenado através das comunidades intermunicipais, adaptado à procura, para levar segurança às praias quando o tempo convida a banhos, numa altura em que ainda não começou a época balnear.
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Os últimos dias de mini férias da Páscoa ficaram marcados pelas temperaturas elevadas que levaram muitos portugueses (e estrangeiros) às praias portuguesas. Contudo, como ouvimos os especialistas, o tempo pode ser de verão, mas o mar ainda é de inverno, o que representa riscos para quem se arrisca a banhar-se.
A Autoridade Marítima Nacional (AMN) contabilizou, desde a passada sexta-feira, três mortes por afogamento em praias sem vigilância. Ouvido pela TSF, o presidente da Comunidade Intermunicipal de Aveiro, Ribau Esteves, considera que "está a falhar a cultura de responsabilidade de cada um de nós". O social-democrata aponta duas falhas.
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"Está a falhar, em primeiro lugar, a atitude das pessoas porque é cada um que tem de cumprir as regras. Ir ao mar nesta altura do ano é perigoso. Um filho meu não vai ao mar nesta altura do ano. Há um jogo de correntes completamente anormais, o mar não dá estabilidade e portanto é preciso alertar as pessoas para que tenham cuidados acrescidos", afirma Ribau Esteves.
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O autarca defende que tem de haver uma resposta mais proporcional e coordenada entre os municípios. Os municípios portugueses têm de abordar esta matéria por troços de costa, eventualmente enquadrados com as comunidades intermunicipais, mas obviamente em razão da procura porque essa ideia que vamos ter nadadores-salvadores todo o ano, obviamente que é um exagero", frisa o presidente da câmara de Aveiro.
Entre sábado e domingo, seis pessoas foram salvas quando estavam em dificuldades no mar.