Agência de Acreditação diz que os 4 mestrados da João de Deus nunca foram avaliados
O presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior refuta os argumentos do diretor da Escola João de Deus e lamenta que a instituição tenha mantido quatro mestrados a funcionar de forma ilegal.
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É o caso dos mestrados que tem marcado as notícias nos últimos dois dias, depois de o Ministério da Educação ter avançado com uma queixa junto do Ministério Público por suspeitas de crime por parte da Escola João de Deus.
Ouvido pela TSF, Alberto Amaral explica que a Agência foi criada em 2007 para fazer a acreditação de todos os cursos do ensino superior até ao fim do ano letivo 2010/2011. As instituições tiveram então de enviar informações sobre os cursos que pretendiam ter em funcionamento e foi aí que começou o problema pois a escola não submeteu a aprovação os quatro mestrados em causa.
Alberto Amaral explica que houve ainda uma segunda hipótese para a Escola João de Deus submeter os quatro mestrados a avaliação, mas sem sucesso. Os mestrados receberam parecer negativo de uma comissão de avaliadores, que não aceitou, por exemplo, que professores do segundo ciclo acompanhassem alunos no mestrado para educador de infância.
O presidente da Agência de Avaliação e Acreditação do Ensino Superior espera que os alunos que frequentaram os mestrados considerados ilegais sejam protegidos.
Ao todo são mais de 400 alunos afetados.