
Gonçalo Villaverde/Global Imagens
Dar mais apoio às vítimas de violência doméstica é um dos objetivos da formação específica para os agentes da PSP, através de um protocolo assinado há seis meses.
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Foi assinado, há seis meses, o protocolo Polícia de Segurança Pública (PSP) para a formação de agentes policiais no combate à violência doméstica. Entrevistado na TSF, o subintendente Hugo Guinote, chefe da divisão de Prevenção Pública e Proximidade, do Departamento de Operações da Direção Nacional da PSP, explicou que o objetivo é dar uma reposta ágil e imediata às necessidades das vítimas.
"Este protocolo veio munir-nos de instrumentos que nos vão permitir, para além de uma resposta mais concertada, evitar a revitimização das vítimas e, ao mesmo tempo, tentar melhorar a recolha da prova, que depois é decisiva para que, em tribunal, a justiça possa ser mais célere", esclareceu.
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Na maioria dos casos de violência doméstica, o agressor é do sexo masculino - e, muitas vezes, é o próprio companheiro da vítima. "As nossas monitorizações indicam que 80% a 85% dos casos de violência doméstica são perpetrados por homens", indicou o chefe da divisão de Prevenção Pública e Proximidade da PSP.
Evitar que as vítimas sejam sujeitas a um "ciclo traumático" é uma das grandes prioridades da PSP. "Vamos tentar agilizar a recolha de um depoimento que possa ser validado posteriormente, evitando que a vítima tenha que repetir o seu reporte, porque isto acaba por ser emocionalmente desgastante para a própria vítima", revelou Hugo Guinote.
*com Fernando Alves e Rute Fonseca