Cerca de 800 agentes da PSP, que reúnem condições para se candidataram à pré-reforma, estão a ver esse processo adiado. A ASPP diz que a falta de recursos está na origem desta situação.
Corpo do artigo
O comando nacional da PSP não permite que os cerca de 800 agentes abandonem o serviço.
Em declarações, esta manhã, à TSF, Paulo Rodrigues, da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), afirmou que entre estes homens, que reúnem as condições para a pré-reforma, é grande a desmotivação.
«Muitos deles [desses agentes] foram apanhados desprevenidos porque tinham toda a sua carreira preparada, desde 2005, para que quando tivessem os requisitos reunidos pudessem passar à pré-aposentação e com esta alteração à lei, obrigaram a que estes elementos fizessem mais uma série de anos na instituição», explicou.
Paulo Rodrigues referiu também que na base desta recusa estará a falta de recursos da Polícia de Segurança Pública.
Ainda assim, o dirigente sindical explicou que estes agentes, com mais de 55 anos de idade e 36 de serviço, não são os que a PSP mais precisa.
«Em termos estatísticos são elementos que estão ao serviço mas que no fundo a PSP não tira grande rentabilidade desses elementos porque já não têm condições para estarem no serviço operacional, onde falta efectivo na polícia. Por outro lado, estarem na polícia ou não estarem, o gasto que a PSP tem com eles é praticamente o mesmo», referiu Paulo Rodrigues.