O porta-voz do Movimento Civil Agricultores de Portugal acredita que o protesto pode estender-se a Lisboa.
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No Alentejo os protestos dos agricultores serão junto à fronteira, em Caia, Mourão e Vila Verde de Ficalho. Na A6, na fronteira do Caia, entre Elvas e Badajoz, está o Movimento Civil Agricultores de Portugal, que não se revê nas associações representativas do setor e apresenta-se como apartidário.
"O Governo deve avançar com soluções imediatas para o problema e garantir estabilidade. Tem que haver uma garantia de estabilidade, não é uma promessa de garantia de estabilidade. Sentimos que temos os nossos objetivos cumpridos e que existe boa vontade do Governo em resolver aquilo que não está resolvido e com certeza não fará sentido continuar em protesto, mas tem que haver a garantia de estabilidade. Não foi dada garantia nenhuma de estabilidade. A Ministra da Agricultura é política e nós estamos saturados da classe política que temos. A classe política que temos é uma classe política que diz promessas, mas que infelizmente cumpre muito poucas", defendeu à TSF António Saldanha, um dos porta-vozes do movimento.
Para já, o protesto dos agricultores ainda não se sente em Lisboa, mas António Saldanha acredita que poderá perfeitamente chegar à capital.
"Se aquilo que nós exigimos por direito e por contrato não for respeitado. Neste momento o que existe é um incumprimento de um contrato do Estado português com os agricultores", explicou o porta-voz do Movimento Civil Agricultores de Portugal.
Várias estradas do país estão esta manhã condicionadas devido ao protesto dos agricultores, que mobiliza centenas de veículos agrícolas. Em Santarém há uma concentração de 100 tratores na Golegã, com condicionamento na ponte da Chamusca.
Os agricultores estão esta quinta-feira na rua com os seus tratores, de norte a sul do país, reclamando a valorização do setor e condições justas, tal como tem acontecido em outros pontos da Europa.
Segundo um comunicado divulgado na quarta-feira pelo movimento, os agricultores reclamam o direito à alimentação adequada, condições justas e a valorização da atividade.