O Agrupamento de Escolas de Arraiolos foi evacuado como medida de prevenção, após o sismo de magnitude 4,9 na escala de Richter que teve epicentro na zona, indicaram fontes da escola e da câmara.
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Um funcionário da Escola Básica e Secundária Cunha Rivara, sede do agrupamento escolar, disse à agência Lusa que o estabelecimento "foi evacuado, como medida de prevenção".
Contactado pela Lusa, José Manuel Pinto, do gabinete de informação da Câmara de Arraiolos, explicou que o plano de segurança do agrupamento escolar "foi acionado" e que "os professores e alunos saíram do edifício". "Os professores seguiram as regras que estão definidas e levaram os alunos para um ponto de encontro que está estabelecido no plano de segurança", acrescentou.
O sismo de magnitude 4,9 foi registado às 11:51 e teve epicentro a cerca de seis quilómetros Norte-Nordeste de Arraiolos, revelou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA). Segundo o IPMA, o tremor de terra foi sentido em Portugal continental.
Em Arraiolos, além da evacuação do agrupamento escolar, o sismo assustou os habitantes, mas não há registo de danos pessoais ou materiais, segundo a câmara e os bombeiros. "Sentimos o sismo, mas, até ver, não temos registo de quaisquer prejuízos", disse à Lusa um bombeiro de serviço na corporação local, acrescentando que "alguns habitantes" têm estado a telefonar para o quartel "a perguntar o que é que aconteceu porque também sentiram" o tremor de terra.
Conceição Estrada, proprietária de um café da vila, o Snack-Bar O Rossio, está hoje de folga em casa e disse à Lusa ter apanhado "um susto" quando ouviu "um barulho horrível" e "caíram os copos da cristaleira e as molduras de fotografias".
"Foi horrível, foi muito forte. Não ganhei para o susto, parecia um grande camião a passar e tremeu tudo", relatou, explicando que o sismo "durou poucos segundos" e que, quando saiu para a rua, outras pessoas já lá estavam: "Nunca tinha visto tanta gente aparecer de repente, foi tudo para a rua".
Maria Leonor, dona de outro café da vila, a Cafetaria D. Leonor, contou à Lusa que o sismo também a assustou: "Fiquei a tremer". "Sentimos o sismo, com barulho e tudo e o café tremeu. Pensei que era uma carrinha que estava a estacionar na rua, que tinha feito tremer a casa, mas o condutor saiu e disse que também tinha a carrinha a tremer", afirmou.
Segundo José Manuel Pinto, da câmara municipal, a seguir ao tremor de terra, "houve muitas pessoas a irem para a rua" e alguns habitantes mais idosos "disseram que há muitos anos não se sentia um sismo tão grande" na vila alentejana.