O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, considerou hoje que ao decidir votar contra o Orçamento de Estado, o PS demonstra que «desistiu do país» e está «virado para dentro».
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«Lamento que o PS desista do país quando nós precisávamos de um Partido Socialista virado para fora e temo-lo virado para dentro e, sobretudo, até num momento em que nós [Governo] não desistimos de combater a despesa», disse o governante aos jornalistas no Funchal, após uma visita às instalações do Regimento de Guarnição nº3 comentando a decisão do secretário-geral, António José Seguro, de votar contra o próximo OE.
Aguiar-Branco falou das medidas de combate à despesa «que têm expressão forte na sua redução», apontando como exemplo a «extinção de fundações e subsídios que foram dados a fundações e com isso ter uma poupança para o Estado de cerca de 140 milhões de euros».
«Foi também notícia o trabalho desenvolvido de combate à despesa nas PPP (parceria público privadas), com economias estimadas na ordem de 800 milhões de euros», adiantou, garantindo: Deste combate nós não desistimos e o que lamento é que o Partido Socialista desista de Portugal».
Confrontado com a questão desta posição poder ser considerada uma «medida eleitoralista» por parte do maior partido da oposição, Aguiar-Branco respondeu: «Eu não quero sequer entrar por considerações dessa natureza, acho que o país precisa de um Partido Socialista virado para o país e não virado para si. O país precisa que o PS não desista do país».
O responsável sublinhou que o PSD «não desiste do país», salientando que «combaterá a despesa de modo a que seja possível ultrapassar esta crise».