
Global Imagens/Nuno Pinto Fernandes
O ministro da Defesa, José Pedro Aguiar Branco, defendeu hoje que todos os chefes militares, comandantes de unidades e soldados «são obrigados a ser ministros das Finanças».
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«O ministro da Defesa Nacional é obrigado a ser, também, ministro das Finanças», frisou Aguiar Branco, ao discursar em Lamego durante as comemorações oficiais do Dia do Exército, realizadas em vésperas da discussão do Orçamento do Estado.
O governante considerou que este é «um imperativo patriótico», que se impõe a todos «quando isso é condição para se restaurar a soberania financeira e vencer a batalha do desequilíbrio das contas públicas».
«Nos últimos dois anos, tomámos inúmeras medidas de emergência. Os chamados ajustamentos imediatos. Se quisermos, em linguagem mais coloquial: cortes», sublinhou.
Segundo o ministro, em dois anos foram tomadas medidas «que permitiram libertar o erário público de despesas presentes e futuras superiores a 1.300 milhões de euros", mas que "nunca colocaram em risco a operacionalidade das Forças Armadas Portuguesas».
«Foi este o contributo da Defesa Nacional e das Forças Armadas Portuguesas para o compromisso, assumido por Portugal, de reduzir o défice e equilibrar as contas públicas», acrescentou.
No final da cerimónia, em declarações aos jornalistas, Aguiar Branco realçou que «foi necessário fazer esses ajustamentos no passado para assegurar a condição da Reforma 2020 que agora vai ter a sua concretização e que permite um planeamento para os próximos anos, de forma sustentada, das Forças Armadas».