"Ainda está muito na memória." Peregrinos em Fátima compram mais produtos do Papa Francisco
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Os comerciantes em Fátima sentiram um aumento da procura de produtos com a imagem de Francisco. Depois da eleição de Leão XIV, há já quem tenha feito novas encomendas.
Maria Cândida Oliveira acaba de comprar "um livrinho do nosso papa Francisco" em Fátima. "Adoro aquele homem”, assinala à TSF. Questionada sobre o motivo, diz que quer ter em casa o Papa Francisco, sem que a sua morte tenha sido razão para esta compra.
Os comerciantes notaram que a procura de produtos com a imagem de Francisco aumentou. Graça Tomás destaca que “nos primeiros dias, muita gente procurava pelo Papa Francisco”.
Agora também procuram, mas, por exemplo, já hoje mostrei o íman, a 2,50€, e a pessoa disse que era muito caro
Entre os produtos que Graça tem para vender ainda não há nada do Papa Leão XIV: “Vamos ver o que é que o fornecedor tem para nos mostrar e o que é que ele tem para comprar também."
Já Arminda Silva fez a primeira encomenda: um “livrinho com uma frase - que foi a primeira que ele disse - e a fotografia dele”. A comerciante salienta, no entanto, que “ainda ninguém perguntou nada pelo Papa novo”.
“O outro [Francisco] ainda está muito dentro da memória. Acho que agora temos de dar pelo menos um mês, dois meses, para as pessoas começarem a gostar do outro [Leão XIV]. Não é chegar à varanda e dizer ‘olha, gosto muito dele’. Primeiro têm de o ouvir falar”, defende.
Na loja de Manuela Marques já há, no entanto, magnéticos de Leão XIV, embora a comerciante admita que, a si, “até ver, ninguém” pediu nada. “Penso que agora, estes dias, é que vão começar. Os peregrinos que estão a chegar a pé devem procurar”, antevê.
Noutro espaço, Luís Lopes afirma que “ainda é tudo muito cedo” para existir produtos com a representação de Prevost. “A primeira coisa que vai começar a aparecer vão ser os terços e as imagens mais tarde”, acrescenta.
Quanto ao negócio, o comerciante diz que vai “muito mal este ano”. “A chuva não tem ajudado. Tem sido um ano muito complicado para nós de chuva. E as incertezas mundiais também são um reverso da medalha, porque as pessoas andam retraídas. Podem vir muito a Fátima, mas andam retraídas. Mas temos sempre a esperança, que as coisas mudam”, observa.
