"Não se pode ir a Ovar comprar pão de ló." Cerca sanitária levantada, mas com "condições especiais"
Ao fim de um mês, a cerca sanitária de Ovar vai ser levantada, ainda que com restrições.
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O decreto da renovação do estado de emergência prevê o levantamento da cerca sanitária do concelho de Ovar a partir deste sábado, mediante "condições especiais".
Em conferência de imprensa, o ministro da administração interna, Eduardo Cabrita, esclarece que o levantamento da cerca sanitária ao fim de "dois períodos de 15 dias", proporciona a "reentrada em funcionamento de algumas atividades industriais" e o escoamento de stocks.
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"Não decorre daí que deixem de existir restrições, nomeadamente na circulação", admite o ministro. Os cidadãos de Ovar vão poder voltar a trabalhar fora do concelho, tal como os que vêm de fora vão pode trabalhar no interior do concelho.
Ainda assim, Eduardo Cabrita lembra que "não se pode ir a Ovar comprar pão de ló, nem podemos ir às zonas balneares do concelho." O governante esclarece que "as alterações de deslocação são, essencialmente, para trabalhar, motivos de saúde e para compra de bens essenciais".
A população com mais de 60 anos terá limitações quanto ao trabalho, e o uso de máscara continua a ser obrigatório. Os trabalhadores estão, igualmente, obrigados ao distanciamento mínimo de três metros entre cada posto de trabalho e as empresas têm de limitar a 1/3 o número de trabalhadores nos espaços comuns, como é o caso das cantinas.
O levantamento da cerca sanitária de Ovar já tinha sido anunciado pelo autarca local, Salvador Malheiro, que enalteceu a importância da decisão para o município "tanto a nível económico como para a saúde mental" dos munícipes.
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O parlamento aprovou na quinta-feira a renovação do estado de emergência até ao dia 2 de maio, com António Costa, no final da sessão, a mostrar confiança no caminho traçado, na esperança de que os deputados não tenham de votar uma nova renovação ao estado de emergência.
Numa mensagem aos portugueses, o Presidente da República saudou, igualmente, os comportamentos na Páscoa, tanto de quem está em Portugal como de quem pretendia visitar o território português, admitindo que o país "está a ganhar a segunda fase".