Airbnb, PSP e Centro Cibersegurança lançam campanha para manter viajantes seguros no ciberespaço
Desde "desconfiar de ofertas demasiado baratas ou pedidos de depósitos avultados" até "nunca pagar férias ou alojamentos por transferência bancária direta", conheça neste artigo os seis conselhos deixados por aquelas entidades
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A plataforma Airbnb, a Polícia de Segurança Pública (PSP) e o Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) lançaram uma campanha conjunta para manter os viajantes seguros no ciberespaço, dando seis conselhos e apelando a uma maior vigilância.
"À medida que os portugueses começam a planear as suas merecidas pausas, os burlões podem tentar tirar partido dos momentos de maior procura, recorrendo a anúncios falsos, sites fraudulentos, chamadas telefónicas ou até publicações em redes sociais", referem, em comunicado conjunto.
Para ajudar a manter os viajantes seguros no ciberespaço, a Airbnb, PSP e CNCS partilham seis conselhos e apelam "a uma maior vigilância e à utilização de plataformas seguras e de confiança".
O primeiro é não clicar em links inesperados porque "podem redirecionar para sites que imitam páginas legítimas, mas que são desenhados para obter dados pessoais, como palavras-passe ou números de cartão de crédito".
Por isso, "utilize sempre plataformas reconhecidas, como a aplicação da Airbnb ou aceda diretamente ao site www.airbnb.pt para garantir que está numa página oficial".
Deve denunciar "sempre qualquer suspeita de burla", reportando às autoridades, sendo que o site do CNCS disponibiliza informação orientadora para saber o que fazer em caso de incidente de cibersegurança, e "desconfie de ofertas demasiado baratas ou pedidos de depósitos avultados".
Se uma oferta parecer "demasiado boa para ser verdade, sobretudo se divulgada nas redes sociais, ou se estiver a ser pressionado a decidir rapidamente, poderá tratar-se de uma burla" e o "melhor é terminar de imediato qualquer contacto", alertam.
Depois, "nunca pague férias ou alojamentos por transferência bancária direta". A Airbnb tem uma plataforma segura, "que centraliza todas as comunicações e pagamentos, se alguém pedir para sair da plataforma para comunicar, reservar ou pagar, deve recusar e reportar a situação à Airbnb ou à plataforma em questão", advertem.
Outros dois conselhos são usar "apenas plataformas de confiança para reservar, pagar e comunicar" e "palavras-chave diferentes para cada conta", ativando a autenticação de dois ou múltiplos fatores, uma vez que se usar as mesmas credenciais em várias contas aumenta o risco de acesso indevido por parte de terceiros.
Com as férias, "aconselhamos vivamente todos os viajantes a terem mais cuidado ao fazerem as suas reservas", afirma o subintendente Sérgio Soares, porta-voz da PSP, citado no comunicado.
Torna-se "cada vez mais importante" estar alerta e ser cauteloso nas decisões, "solicitando informações e partilhando dúvidas que possam surgir com pessoas da sua confiança, pois à medida que mais pessoas tomam conhecimento das burlas, os burlões tornam-se cada vez menos bem-sucedidos", aconselha.
Se suspeitar que "está a ser vítima de burla, guarde todas as trocas de comunicações (números de contacto, mensagens, e-mails, fotos, recibos de pagamento, capturas de ecrã ou quaisquer detalhes de contacto relevantes), e denuncie de imediato o crime à PSP".
A grande exposição aos riscos, "por parte das pessoas e organizações, exige uma maior consciência e literacia sobre boas práticas nos meios digitais, nomeadamente durante o período de férias, durante o qual todos nós temos tendência a baixar as nossas defesas, o CNCS disponibiliza no seu site recursos de sensibilização, entre os quais cursos online gratuitos, que ajudam a que, mesmo em férias, possamos estar ciberseguros", diz o coordenador nacional de CNCS, Lino Santos.
"Encorajamos os nossos hóspedes a comunicar, reservar e pagar através da Airbnb, onde temos diversas salvaguardas implementadas, como os nossos processos de pagamento seguro e políticas como a AirCover", afirma Jaime Rodríguez de Santiago, diretor-geral da Airbnb Marketing Services, recomendando o reporte de algo suspeito.
"Em 2024, a nossa equipa detetou e combateu cerca de 3200 domínios de phishing operados por terceiros a nível global", conclui.