Alargar aos rapazes vacinação contra papiloma humano é boa ideia, diz direção-geral
A subdiretora-geral de Saúde considera que esta medida não é prioridade e que o dinheiro que custaria poderá ser aplicado em «tratamentos muito mais eficazes e muito mais importantes».
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A Direção-geral de Saúde entende que alargar aos rapazes a vacinação contra o vírus do papiloma humano é uma boa ideia, contudo, não é prioridade, devido à falta de dinheiro.
«Temos de aplicar o dinheiro de forma muito cuidadosa e, sobretudo, em momento em que esse dinheiro é escasso. Apesar de a vacina ser importante para os rapazes, neste momento não é uma prioridade», explicou Graça Freitas.
Reagindo a uma sugestão proposta pela academia norte-americana de pediatria neste sentido, a subdiretora-geral de Saúde entende que o dinheiro que seria gasto com esta medida pode ser aplicado em «tratamentos muito mais eficazes e muito mais importantes».
Graça Freitas adiantou ainda que esta medida esta a ser avaliada, apesar de por agora, as autoridades de saúde entenderem que o «Plano Nacional de Vacinação está equilibrado em termos de benefícios para a saúde».
O presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos também concorda com as vantagens em alrgar esta vancinação aos rapazes, mas sublinha que a medida não é prioritária.
«Incluí-la num plano de vacinação que é fornecida pelos serviços pelos serviços públicos no atual contexto não faz muito sentido. Não acho que seja uma prioridade», adiantou Jorge Espírito Santo.
Também ouvida pela TSF, uma médica de infecciologia pediátrica do Hospital de Santa Maria concorda a sugestão proposta pela academia norte-americana de pediatria sugere que os cuidados devem estender-se aos rapazes.
«A vacina é importante, porque diminui, por um lado, a transmissão do vírus na população sexualmente ativa e porque diminui a doença causada por este vírus quer no homem, quer na mulher», explicou Filipa Prata.
A academia norte-americana de pediatria entende que devem ser vacinados todos os rapazes e raparigas de com 11 e 12 anos, uma vez que esta vacina é mais eficaz antes do início da vida sexual ativa.