A 40 quilómetros da capital fica a aldeia de Broas, vazia de gente há mais de quatro décadas. A TSF esteve à conversa com uma das últimas moradoras daquele que é, hoje, um conjunto de pedras.
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A última habitante abandonou a aldeia de Broas, no final dos anos 70, início de 80 do século passado.
Atualmente, Broas é um aglomerado do que resta das casas que sobreviveram desde o século XIX, embora haja registo de povoamento desde o século XVI. Não tem água, nem luz, nem sequer uma estrada que permita aos carros chegarem lá. Almorquim é a aldeia mais próxima onde ainda vive gente.
Ainda assim, e apesar de ser preciso andar durante meia hora, são muitos que vão a Broas fazer passeios a pé ou de bicicleta, atraídos pelas ruínas desta "aldeia fantasma", que alimenta o imaginário de quem por lá passa.
Maria das Dores tem 74 anos, foi uma das últimas moradoras. Nasceu na aldeia de Broas e saiu de lá quando casou para viver ali ao lado.
Em conversa com a jornalista Joana Carvalho Reis, lembra os tempos em que a aldeia ainda tinha gente.
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E para não deixar a aldeia cair no esquecimento, a Câmara Municipal de Mafra organiza "A memória das pedras", passeios a este lugar, partilhado pelos concelhos de Sintra e Mafra, na fronteira entre Terrugem e Cheleiros. A ideia é perceber como a era a vida na aldeia noutros tempos.
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Em Portugal, há casos de revitalização de lugares, deixados ao abandono. Há anos que um arqueólogo, da extensão de Trás os Montes do IGESPAR, defende a dinamização de aldeias desertificadas através de um novo conceito turístico de recriação de épocas históricas, de modo a impedir que muitos lugares se transformem em simples vestígios arqueológicos.