Um alegado traficante espanhol morreu numa operação de combate ao narcotráfico, esta madrugada ao largo de Odemira, depois de colhido pela hélice de um motor de uma lancha rápida.
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A intervenção policial, coordenada pela Unidade Nacional de Combate ao Tráfico de Estupefacientes (UNCTE) da Polícia Judiciária e que ainda continuava esta tarde no terreno, resultou em nove detidos (seis portugueses e três do sul da Galiza, Espanha) e na apreensão de cerca de três toneladas de haxixe.
As fontes contactadas pela Lusa explicaram que a vítima mortal estava em terra a aguardar a embarcação dos alegados traficantes, que transportava a droga e a ser perseguida, a alta velocidade, pelas autoridades portuguesas, tendo entrado na água quando ela se aproximou, altura em que foi colhida pela hélice de um dos três motores da lancha rápida.
Quando se aproximou de terra, a lancha rápida tentou uma manobra evasiva, mas o alegado traficante não se terá apercebido da perseguição pelas autoridades, a alta velocidade, e acabou por ser colhido, enquanto a embarcação entrou por terra.
O alegado traficante sofreu ferimentos graves, sobretudo nos membros inferiores, foi assistido por elementos do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e transportado para o centro de saúde de Odemira, onde foi declarado o óbito, relataram outras fontes.
O corpo foi depois transportado pelos bombeiros de Odemira para a morgue do Hospital do Litoral Alentejo, em Santiago do Cacém.
As fontes contactadas pela Lusa adiantaram que continua em curso a investigação da PJ na costa alentejana, uma vez que ainda haverá alegados traficantes a monte.
A intervenção policial foi desencadeada ao início da madrugada de hoje, no mar e em terra, tendo a droga sido detetada na embarcação rápida, equipada com três motores, e, alegadamente, proveniente do norte de África, adiantaram as mesmas fontes.
A Polícia Judiciária só deverá divulgar pormenores da investigação, alegadamente com origem na Galiza, na segunda-feira, em conferência de imprensa.
Envolvendo «muitos meios», a operação contou, durante a madrugada de hoje no rio Mira, em Odemira, com a colaboração da Marinha e da Força Aérea Portuguesa (FAP) e a participação da Polícia Marítima e da GNR, força que terá intercetado uma das viaturas envolvidas.
Pela parte da Marinha, esteve envolvida a fragata D. Francisco de Almeida, com um helicóptero embarcado, e o destacamento de ações especiais dos fuzileiros, segundo as fontes contactadas pela Lusa.
Da FAP, esteve envolvida uma aeronave P3 de patrulha marítima.