Alfredo da Costa: PS exige esclarecimento em relação a cancelamento de visita de António Costa à maternidade
O PS disse que «tem de haver um esclarecimento» das razões que levaram ao cancelamento hoje de uma visita do presidente da Câmara de Lisboa à Maternidade Alfredo da Costa, tal como foi denunciado pela RTP.
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O secretário nacional do PS com o pelouro da Saúde, Álvaro Beleza, disse à Lusa que os socialistas consideram que «tem de haver um esclarecimento» oficial em relação a este caso, acrescentando que desconhece as razões invocadas para os responsáveis pela maternidade cancelarem a ida de António Costa àquela unidade hoje de manhã.
A RTP noticiou hoje que António Costa «viu cancelada» uma visita à Alfredo da Costa, marcada para as 10:30, e que tinha sido previamente autorizada pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central, de que faz parte a maternidade.
Contactada pela Lusa, fonte do gabinete do presidente da Câmara de Lisboa disse ter ocorrido «um mal-entendido, mas que já foi esclarecido». A mesma fonte não esclareceu, contudo, se António Costa visitou a maternidade esta manhã.
«Não acredito, não quero acreditar, que haja uma proibição do Ministério da Saúde [para António Costa visitar a maternidade]», disse Álvaro Beleza, insistindo na necessidade de um «esclarecimento».
Segundo o secretário nacional do PS, António Costa ia à maternidade por causa do anúncio do fecho desta unidade por parte do Governo.
«Estas decisões e reformas fazem-se com senso e falando com os profissionais, os utentes e os representantes dos cidadãos da cidade, que neste caso é o presidente da Câmara de Lisboa», acrescentou o dirigente socialista.
Para a direção do PS «tem de haver disponibilidade do Ministério da Saúde para falar com as autoridades oficiais sobre estas decisões», não conseguindo perceber o que pode ter levado ao cancelamento da visita de António Costa a «um símbolo da cidade há quase um século».
«É inaceitável que o presidente da Câmara de Lisboa não possa visitar em qualquer momento uma unidade de saúde da sua cidade», sublinhou, acrescentando que «o Ministério da Saúde não é o dono dos hospitais, os donos são os utentes e os cidadãos».
«A exigência cívica, ética, é estar alguém do Ministério da Saúde a recebê-lo», disse ainda, sublinhando várias vezes que «não pode haver motivo nenhum que impeça o presidente da câmara de visitar qualquer hospital da sua cidade».