A região está a tentar estabelecer uma situação de compromisso entre a saúde e o turismo.
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Numa região onde o número de infeções por Covid-19 pouco tem subido nos últimos dias, levando as autoridades de saúde a falar em " estabilização", começa a pensar-se no futuro próximo.
Na habitual conferência de imprensa semanal sobre o ponto de situação no Algarve, a delegada regional de Saúde Pública foi questionada sobre os receios de aumento de casos na região quando terminar o confinamento e abrirem restaurantes e hotéis com a chegada do turismo.
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"Não é só medo, é ter a certeza de que vão aumentar", enfatizou Ana Cristina Guerreiro. "Temos que chegar a uma situação de equilíbrio em que consigamos dar resposta, quer por parte dos Serviços de Saúde Pública, quer por parte dos serviços de prestação de cuidados."
A responsável de saúde pública do Algarve não tem dúvidas em afirmar que " é preciso ter o discernimento de que, se a situação for pesada, dar um passo atrás".
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Até agora, o Algarve é uma região que está numa situação de estabilidade e tem registado algum sucesso. Nos últimos dias não surgiram mais do que um ou dois casos diários de infeção por Covid-19. Em 320 casos registaram-se 11 óbitos e só 21 pessoas estão internadas. Oitenta doentes, cerca de 25% do total, já recuperaram.
O presidente da Comissão Distrital de Proteção Civil considera que numa região em que o desemprego subiu para 12,8%, quatro vezes mais do que os números a nível nacional, muito devido à paralisia do turismo, é preciso pensar na saúde mas também na economia e nas pessoas.
O autarca acredita que no período de desconfinamento "o Algarve tentará criar as suas regras de boas práticas nos espaços públicos, seja nas praias, hotéis ou restaurantes".
António Pina, também presidente da Comunidade Intermunicipal , afirma que o turismo terá de passar a mensagem para o resto do País de que " é seguro vir para o Algarve".