Algarve respira de alívio. Verão "correu o melhor possível" e não houve transmissão do vírus nas praias
A ARS do Algarve garante que os receios existentes antes da época alta não se confirmaram.
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As férias estão praticamente terminadas para a maior parte dos portugueses e muitos procuraram o Algarve. Mas apesar dos receios iniciais sobre como poderiam decorrer os meses de verão em relação à pandemia, a delegada regional de Saúde do Algarve faz um balanço positivo. "A situação correu o melhor possível", afiança Ana Cristina Guerreiro.
"Tivemos a região com muita gente e os casos nos meses de julho e agosto estiveram bastante controlados", garante. Nessa altura, sublinha, "os números foram melhores do que em muitas outras regiões do país".
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Antes de o verão ter início, o eventual contágio nas praias era uma preocupação das entidades responsáveis pela Saúde. No entanto, não foi aí que se verificou a transmissão dos casos. "Na maior parte das vezes, os casos que surgem são mais consequência de reuniões familiares."
O surto mais recente, com maior número de casos no Algarve registou-se no clube de futebol Louletano, onde surgiram 47 casos entre jogadores, técnicos e familiares. O presidente da Administração Regional de Saúde do Algarve (ARS Algarve) salienta igualmente que a região regista um índice de transmissibilidade da doença melhor do que outras regiões do país. "O nosso RT é um dos mais baixos das regiões do Continente, 1,07", afirma Paulo Morgado.
Contudo, as aulas estão a recomeçar e essa é uma preocupação das autoridades de saúde.
O secretário de Estado responsável pela coordenação da pandemia no Algarve, faz um apelo à comunidade educativa para que tenha cuidados redobrados. Os proprietários de estabelecimentos que se situam perto das escolas são também alvo de um pedido especial de José Apolinário: "Há medidas específicas neste estado atual que significam que deverão existir maiores cuidados", refere.
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