Luís Montenegro, em entrevista à TSF, acusa alguns antigos dirigentes do PSD, atuais comentadores televisivos, de confundir os eleitores com discursos que não estão alinhados com a direção do partido.
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No dia em que arranca em Lisboa o 35º Congresso do PSD, o líder parlamentar dos sociais-democratas, em entrevista à TSF, afirma que esse fenómeno novo, que não existia noutros tempos do PSD no Governo, não isenta nomes como Marcelo Rebelo de Sousa, Manuela Ferreira Leite ou Marques Mendes, da responsabilidade inerente a quem está filiado num partido.
«Muitas das intervenções de figuras proeminentes do PSD confudem o eleitorado que não faz uma distinção muito assinalável entre aquilo que é a mensagem política da direção e dos dirigentes do PSD no ativo daqueles outros que, não tendo essa responsabilidade, ainda assim são figuras do PSD, são imagens do PSD», defende.
Luís Montenegro considera natural a pluralidade de opiniões num partido grande, mas preferia um debate interno, para que o PSD surgisse depois unido perante os eleitores.
«Significa um tempo novo, com tudo aquilo que rodeia a comunicação hoje, mas que não pode descaracterizar aquilo que é a exigência e o trabalho político de um partido. Nós somos um partido, todas essas pessoas são militantes do partido, e portante é muito bom que eles possam enriquecer internamente a posição do partido para aparecermos externamente com mais força, mais dinâmica e com mais capacidade de mobilizar os portugueses», acrescenta.
Quase todos os alvos deste reparo de Luís Montenegro não vão passar este fim-de-semana pelo Coliseu de Lisboa. O líder parlamentar do PSD considera que a presença no Congresso é o mínimo que se pode pedir a quem tem críticas a apresentar, e sobretudo a quem já teve responsabilidades no partido.
«Era bom que todas essas opiniões fossem trazidas para o Congresso para poderem ser confrontadas com tranquilidade democrática, e porventura também com vivacidade democrática, para depois tirarmos as nossas conclusões», conclui.
O Congresso do PSD marca o arranque do partido para um longo ciclo eleitoral, que só há-de terminar com as presidenciais de 2016.
Luís Montenegro espera que os militantes saiam do Coliseu de Lisboa com um banho de convicção, algo de essencial, diz o líder parlamentar laranja, para um objetivo que considera obrigatório: vencer as eleições legislativas de 2015.
A entrevista de Paulo Tavares a Luís Montenegro pode ser ouvida na íntegra depois das notícas das 15.30.