O Governo adianta que os condicionamentos de estradas provocaram atrasos nas entregas de ração e feno, mas garante que a partir desta sexta-feira a situação fica normalizada.
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O secretário de Estado da Agricultura e Alimentação, Luís Medeiros Vieira, diz que, por causa dos condicionamentos de estradas, só desde quinta-feira de manhã foi possível, através da Direção Regional de Agricultura do Algarve, avançar com alimentação para os animais resgatados na zona de Monchique, mas o Governo garante que a entrega de alimentos fica normalizada esta sexta-feira.
Neste momento, adianta o Executivo, há um centro de distribuição de alimentação para os animais na zona do Patacão, no concelho de Faro. O secretário de Estado sublinha que está em contacto com as autarquias de Monchique e de Silves para saber quais são as explorações agrícolas que precisam de alimentação imediata e assegura que o feno e a ração vão começar a ser distribuídos pelos agricultores.
"Tivemos alguns problemas, nomeadamente no transporte de feno, que não podia ser transportado durante o incêndio porque era material combustível. Só nos foi possível fazer a primeira entrega na vila de Monchique acompanhados pela Proteção Civil, mas, a partir de hoje, já é possível fazer esse trabalho", adiantou à TSF o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação.
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Luís Medeiros Vieira diz também que, depois de dominado o incêndio, o levantamento dos prejuízos também arranca em breve. "Logo que tivermos autorização iremos fazer esse trabalho", assegura o secretário de Estado, que assinala que esse trabalho só terá início "quando as condições assim o permitam", ou seja, quando for dada luz verde por parte da Proteção Civil.
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Ainda assim, apesar de não haver ainda números concretos acerca dos prejuízos causados pelo incêndio que teve início na passada sexta-feira, em Monchique, o secretário de Estado da Agricultura e Alimentação considera que, no que diz respeito às explorações agrícolas afetadas, o cenário poderá adivinhar-se menos trágico do que o expectável.
"Em Monchique há alguma influência de produção pecuária, nomeadamente suínos, mas muitas dessas explorações - sendo que as maiores são cerca de oito, o que significa sete ou oito mil cabeças - não terão sofrido afetadas. Haverá, no entanto, outras que estariam mais pulverizadas e que terão sofrido danos", afirma.
Questionado pela TSF sobre eventuais medidas de apoio por parte da União Europeia, Luís Medeiros Vieira salienta que já existem mecanismos previstos. "Tudo o que seja relacionado com potencial produtivo destruído tem mecanismos de apoio - quer nacionais quer comunitários - que permitem aos agricultores repor a sua atividade agrícola no imediato", diz o Governante, que garante que "caso se verifique a necessidade" dos agricultores e produtores de recorrerem a mecanismos de apoio, esses não vão faltar.
"Temos esses mecanismos disponíveis nessas medidas que são financiadas pelos orçamentos nacionais e comunitários e em que é possível enquadrar situações desta natureza", sublinha.
Notícia atualizada às 15h46