
Almeida Santos
Global Imagens/José Carmo
Este ex-presidente do PS lembrou que a decisão de dar a mão ao Governo «não é fácil». Já Jorge Sampaio não quer ouvir na hipótese de novas eleições. Opinião diferente tem Ferro Rodrigues.
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O socialista Almeida Santos advertiu, esta sexta-feira, para o risco do PS dar a mão ao Governo, uma vez que isso pode significar que o seu partido fica com a imagem colada ao Executivo.
O antigo presidente do PS considerou que uma decisão neste sentido «não é fácil, porque quem aceitar é co-responsabilizado pelo desastre da governação até agora».
«Acho que é uma pergunta que tem de ser feita ao secretário-geral, acrescentou Almeida Santos, que não quis dizer que conselho daria a António José Seguro neste sentido.
Por seu lado, Jorge Sampaio defendeu a necessidade de se «trabalhar compromissos» entre PS e PSD, mesmo tendo em conta que em Portugal «se fazem pouquíssimos compromissos».
«Os compromissos são necessários num país que está nas condições onde o nosso está e que não pode continuar a ignorar a situação dramática em que está como se fosse possível mudá-la de um dia para o outro», acrescentou.
Este antigo Presidente da República não quer ouvir falar na possibilidade de eleições antecipadas como solução para os problemas de Portugal, tendo recordado a sua experiência pessoal enquanto chefe de Estado.
«Já tive muita instabilidade durante os dez anos do meu próprio partido e não quero falar sobre isso, porque a estabilidade é necessária. Em nome de quê, essa é outra questão», concluiu.
Opinião diferente tem Ferro Rodrigues que entende que é preciso uma nova contagem de votos, uma nova expressão eleitoral e devolução da palavras aos portugueses» para que Portugal se «apresente unido perante a UE e o FMI».
«Os pressupostos com que foi travada a batalha eleitoral de 2011 estão totalmente ultrapassados num sentido negativo pela prática do Governo», recordou este ex-secretário-geral socialista.