Almerindo Marques confirmou à TSF que se demitiu do Conselho de Administração da empresa pública Estradas de Portugal e vai deixar o lugar já a 31 de Março.
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O presidente demissionário, que não quis gravar declarações, recusou-se a comentar as razões da sua saída.
Foi em Julho do ano passado que Almerindo Marques enviou uma carta aos ministros das Obras Públicas e das Finanças, onde alertava para o défice da empresa, um défice que podia chegar aos 400 milhões de euros.
Estas dificuldades de tesouraria em nada ajudam a pagar os compromissos com as SCUT, uma renda anual de 800 milhões de euros.
Em Setembro, no Parlamento, Almerindo Marques disse que o défice da empresa dependia directamente da introdução de portagens e que, com isso, previa arrecadar 57 milhões de euros em 2010 e 369 milhões em 2011.
O atraso nesta implementação traduziu-se, nas palavras de Almerindo Marques, numa perda para a empresa.
Em Dezembro, o Governo constituiu um grupo de trabalho para reavaliar e propor mudanças sobre o actual modelo de financiamento da Estradas de Portugal, que suspendia as negociações que já estavam em curso para a alteração de contratos com as concessionárias que não foram contratadas em regime SCUT.
A TSF já pediu um comentário ao Ministério das Obras Públicas e encontra-se ainda à espera de uma resposta.