Há dois milhões de euros para preservar os habitats durante quatro anos.
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Promover a conservação das ilhas barreira da Ria Formosa, preservar os seus habitats, a fauna e flora e perceber até onde pode ir a sua resiliência num contexto de mudanças climáticas. São estes os objetivos do Projeto Life - Ilhas Barreira, que é apresentado esta tarde no Parque Natural da Ria Formosa.
O projeto vai durar quatro anos e os parceiros envolvidos já têm ideias bem claras do que se propõem fazer. "Proteger aves marinhas que nidificam nalgumas destas ilhas, os habitats muito especiais que são as dunas cinzentas, e perceber se num cenário de alterações climáticas estas ilhas terão resiliência suficiente", explica Joana Andrade, coordenadora do projeto. A também responsável pelo departamento marinho da Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) revela que a Ilha Deserta será o local por excelência onde mais decorrerão as ações que vão envolver, por exemplo, a colocação de novos trilhos, e a remoção de espécies invasoras. Estão previstas centenas de atividades de educação ambiental junto das escolas e também junto dos pescadores para tentar preservar uma ave ameaçada que muitas vezes é pescada nas artes de pesca. "É a ave marinha mais ameaçada da Europa, a pardela balear", diz Joana Andrade. "Vamos ter observadores a bordo e em conjunto com os pescadores iremos testar medidas para prevenir estas capturas que levam à morte das aves."
Neste projeto, que terá um financiamento de dois milhões de euros, financiado em 75% pelo programa Life, além da SPEA estão envolvidos o Instituto de Conservação da Natureza, a associação RIAS, e as Universidades do Algarve e Coimbra.
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