Empresa critica quem, na "esfera pública", causa alarme social quanto ao sistema.
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A Altice garante que "nunca fechou a porta ao diálogo com o Estado" e que não vai ser a responsável por um eventual "desligamento" do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal (SIRESP).
A empresa mostra-se, assim, aberta a negociar uma eventual tomada de posição maioritária por parte do Estado, que já vem sendo negociada há algumas semanas.
Num comunicado enviado às redações, a empresa explica que sempre atuou com "garantia da segurança dos portugueses" em mente e reforça que a rede SIRESP tem "grande relevância" para o país, acrescentando que sempre defendeu a "necessidade de investimentos adicionais em soluções de redundância, que planeou, desenhou e implementou, nomeadamente através da Rede de Transmissão via Satélite e de Redundância de Energias após solicitação da SIRESP SA".
Acusando alguns dos intervenientes que "ocupam a esfera pública" de causarem "alarme social", a Altice destaca a "gravidade" do que diz serem "falsidades" transmitidas esta terça-feira. Contactada pela TSF, a empresa não quis especificar as "falsidades" a que se refere nem quem são os autores das mesmas.
A rede SIRESP é detida em 52,1% pela Altice Portugal, 33% pelo Estado e 14,9% pela Motorola Solutions.
Leia o comunicado na íntegra:
"A Altice Portugal reafirma que garantirá, como prestador de serviços à SIRESP SA, todos os serviços de rede necessários à segurança das populações. Ao contrário do que alguns afirmam, a Altice Portugal não é nem será responsável por um eventual "desligamento" do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal.
Movida pelo interesse público, a Altice Portugal sempre considerou que a rede SIRESP se reveste de grande relevância para o país. Aliás, vinha defendendo a necessidade de investimentos adicionais em soluções de redundância, que planeou, desenhou e implementou, nomeadamente através da Rede de Transmissão via Satélite e de Redundância de Energias após solicitação da SIRESP SA em consequência de pedido direto do Ministério da Administração Interna. Aliás, este processo foi solicitado através de despacho conjunto de dois secretários de Estado e uma resolução do Conselho de Ministros.
É claro para todos o sucesso destes passos e os resultados alcançados, com uma considerável redução da área ardida, com 100% de eficácia durante incêndios e intempéries, resultados esses amplamente elogiados e reconhecidos pelo país e pelas autoridades, incluindo autarcas e membros do atual Governo. Hoje ninguém tem dúvidas da melhoria da qualidade, robustez e eficácia da Rede SIRESP.
Assim, a Altice Portugal reafirma que a garantia da segurança dos portugueses foi, até hoje, a principal preocupação e posturas tidas pelos acionistas da SIPRESP SA [sic].
Por outro lado, a Altice Portugal é totalmente alheia ao contexto financeiro a que chegou a SIRESP SA. A Altice Portugal nunca fechou a porta ao diálogo com o Estado, pelo contrário, sempre demonstrou toda a disponibilidade e abertura para discutir a proposta do Governo para a compra da sua posição acionista, encontrando-se ainda em processo negocial.
Ao contrário de outros que ocupam a esfera pública, a Altice Portugal é contra o alarme social. A Altice Portugal é uma empresa responsável, que se pauta por uma conduta de paz social. Por isso mesmo, só agora se pronuncia sobre este tema, face à gravidade das falsidades hoje transmitidas.
A Altice Portugal vai continuar concentrada no que é importante: investir, dar emprego e criar valor, sem jogos de poder ou de bastidores."