Estudantes não têm nenhum sintoma compatível com infeção pelo novo coronavírus, mas voluntariaram-se para ficar de quarentena.
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As duas estudantes aproveitaram a pausa pedagógica depois do final do primeiro semestre para ir à China de férias para celebrar com a família o Ano Novo chinês. Apesar de não terem nenhum sintoma da doença, as duas voluntariaram-se para ficarem isoladas, durante os 14 dias, período recomendado pelas autoridades de saúde.
As estudantes têm previsto a chegar a Bragança na próxima terça-feira, num voo que fará escala em Madrid. "São nossas alunas regulares e foram à China de férias e agora estão a voltar" diz Orlando Rodrigues, presidente do Instituto Politécnico de Bragança que acrescenta que "está tudo a ser tratado com as autoridades de saúde local para que se criem todas as condições para o isolamento das duas alunas. Elas próprias, voluntariamente, já se disponibilizaram para fazer esse isolamento recomendado".
Orlando Rodrigues acrescenta que o IPB "já tem um local próprio para que não haja contacto com outras pessoas, já estamos a prever como se fará a alimentação, todos esses pormenores que uma situação de isolamento exige."
Numa reunião, ontem ao final da tarde, entre a direção do Politécnico e a delegada de saúde de Bragança ficaram também assentes os procedimentos médicos a ter, mesmo sabendo que as duas estudantes não têm nenhum sintoma do vírus. "Vamos vigiar e falar com as alunas no sentido de que se houver qualquer sintoma seja imediatamente reportado e no caso de algum sintoma ser reportado sabemos já o que vamos fazer, quem é que acionamos, quando e em que condições, todos esses pormenores foram previstos".
O presidente do IPB salienta também que o Instituto tem mais alunos chineses mas só essas duas raparigas é que foram à China. " Temos diversos alunos da China que estão cá a fazer estudos connosco mas não foram à China, não saíram do território nacional. Tínhamos vários alunos que viriam no segundo semestre em mobilidade mas as universidades com as quais temos acordos cancelaram essa mobilidade e esses alunos já não virão no segundo semestre"
As duas estudantes chegam da cidade de Hefei na província de Anhui a cerca de 370 quilómetros de Wuhan, onde apareceu o coronavírus.
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