Álvaro Sobrinho e a Global Media. PGR garante "investigação de factos suscetíveis de integrar prática de crimes"
A resposta à TSF foi dada na sequência da investigação da SIC e do Expresso, que revela que o empresário angolano Álvaro Sobrinho foi subscritor do fundo que, em 2023, comprou a Global Media, o grupo de que, na altura, fazia parte a TSF
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A Procuradoria Geral da República (PGR) garante que todos os factos suscetíveis de integrar a prática de crimes e que cheguem ao conhecimento do Ministério Público não deixarão de ser investigados.
A resposta à TSF foi dada na sequência da investigação da SIC e do Expresso, que revela que o empresário angolano Álvaro Sobrinho foi subscritor do fundo que, em 2023, comprou a Global Media (GMG), o grupo de que, na altura, fazia parte a TSF.
"A participação recebida do Sindicato dos Jornalistas deu origem a um inquérito que se encontra em investigação no DIAP do Porto e que está sujeito a segredo de justiça. No âmbito do mesmo não deixarão de ser investigados todos os factos suscetíveis de integrar a prática de crimes que cheguem ao conhecimento do Ministério Público", lê-se na nota.
A PGR reafirma que a queixa apresentada há um ano pelo Sindicato dos Jornalistas está a ser investigada no Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto e está em segredo de justiça.
A identidade de Álvaro Sobrinho como um dos rostos por trás do fundo que está registado nas Bahamas, desde 2016, surge após a ERC ter retirado em março os direitos ao World Opportunity Fund, que detinha a maioria de capital por via indireta no GMG. Sobrinho foi pronunciado em julho para ser julgado no processo do BES Angola, com o antigo presidente do BES Ricardo Salgado e os antigos administradores Amílcar Morais Pires, Rui Silveira e Helder Bataglia.
O ex-banqueiro angolano é acusado de 18 crimes de abuso de confiança e cinco de branqueamento, sendo suspeito de se ter apropriado indevidamente de centenas de milhões de euros, num caso cujos factos terão ocorrido entre 2007 e julho de 2014.
