A ex-ministra da Saúde entende que o problema essencial na área da Saúde não está no aumento das taxas moderadoras, mas na diminuição do tempo de funcionamento dos centros de saúde.
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As novas taxas moderadoras vão «aumentar a dificuldade de acesso aos serviços de saúde», mas «o que era importante era que os centros de saúde se organizassem para ter mais tempo e acesso a consultas», defendeu a deputada do PS que falava à TSF esta terça-feira, depois de o ministro da Saúde ter anunciado novos valores para as taxas moderadoras.
As consultas nos centros de saúde passam de 2,25 euros para cinco euros, enquanto que nas urgências hospitalares a taxa moderadora passa de 9,60 euros para 20 euros.
Com os cortes no tempo de funcionamento dos centros de Saúde, quando os portugueses têm uma «doença aguda vão aos serviços de urgência» e aí «pode haver dificuldade de acesso», pois «o preço é muito elevado», explicou Ana Jorge.
«Não faz muito sentido que estejamos a orientar as pessoas para os serviços de urgência», quando os casos «podiam ser resolvidos a nível de consultas nos centros de saúde», reforçou.
Quanto às isenções nas taxas moderadoras, a ex-titular da pasta da Saúde mostrou-se «perfeitamente de acordo» que elas existam para doenças crónicas.
Ana Jorge lembrou que «há outras situações de isenções que deviam ser revistas», como o caso «polémico» dos bombeiros profissionais.