Bastonária da Ordem dos Enfermeiros foi sondada pelo partido de André Ventura para a candidatura autárquica à Câmara de Lisboa mas recusou. Ana Rita Cavaco diz à TSF que prioridade está no mandato na Ordem, mas não fecha a porta à vida partidária no futuro e lembra que é do PSD.
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"É verdade, mas eu disse que não." Ana Rita Cavaco foi sondada pelo Chega para uma candidatura autárquica à maior câmara do país, Lisboa, mas rejeitou. Sobre planos futuros, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros não se compromete com nada porque diz estar empenhada no mandato que tem à frente desta instituição.
"Tenho um compromisso com os enfermeiros, pelo menos, por mais três anos que é o fim do meu mandato e não iria para autarquias por partido nenhum", nota Ana Rita Cavaco à TSF.
A bastonária lembra que, até chegar à Ordem, sempre teve atividade partidária até porque "entende os partidos como uma forma de poder dar voz aos problemas reais das pessoas no dia-a-dia". Mas diz que o defende com isenção e que, a partir do momento em que abraçou o compromisso com a Ordem, não vai "para lado nenhum enquanto o mandato não terminar". "Nem pensar", vinca.
Mas e depois? Não se compromete com nada. "Eu não digo que não vou ter atividade partidária outra vez. As pessoas fazem muitos planos sempre, para daqui a um ano ou daqui a dois... As pessoas fazem tanto isso que acabam por não viver o presente", começa por realçar lembrando que "única coisa que tem garantida é o lugar de quadro na Administração Regional de Saúde".
"Que gosto muito de fazer política partidária, gosto, no sentido de dar voz àquilo que são os problemas das pessoas, os políticos não saem da bolha", critica Ana Rita Cavaco que deixa também um reparo à "colagem que lhe é feita ao Chega".
"As pessoas passarem a vida a quererem-me colar ao Chega, porque sou amiga do André, não faz sentido. O meu partido é o PSD, sempre foi", diz à TSF. Certo é que André Ventura viu nela qualidades para poder ser a candidata do partido à Câmara de Lisboa.