André Ventura votou contra todos, mas Parlamento aprovou saudação à greve climática
Com estudantes à porta, o Parlamento saudou a greve climática. Apenas o Chega votou contra todos os votos. O CDS votou contra os votos do PAN e do Bloco e a Iniciativa Liberal votou contra o voto do BE.
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Lá fora os estudantes exigiam medidas para combater a emergência climática e, dentro do hemiciclo, a maioria dos deputados alinharam no discurso de alerta, aprovando três votos de saudação apresentados pelo PS (o que recolheu melhor votação), do PAN e do Bloco de Esquerda (o mais divisivo). A nota comum foi o voto contra todos os votos do deputado do Chega André Ventura.
O voto do PS, que apenas mereceu o voto contra do Chega e a abstenção do CDS, saúda "a Greve Climática Estudantil e todos os que nela participam, reafirmando a importância de reconhecer a emergência climática que atravessamos e tomar as medidas necessárias para a travar".
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Já o voto apresentado pelo PAN lembrava que "sendo Portugal um dos países cujos impactos das alterações climáticas mais se fará sentir, torna-se urgente a alteração de paradigma, revertendo a subjugação do ambiente aos interesses económicos e empresariais". O voto do PAN apela, por isso, "à urgência na adoção de políticas e medidas económicas, sociais e ambientais que privilegiem a mitigação e adaptação às alterações climáticas". Este voto mereceu votos a favor do PS. PSD, PCP, BE, PEV, PAN e Livre. CDS e Chega votaram contra e a Iniciativa Liberal absteve-se.
Finalmente o voto do Bloco de Esquerda considera que "é essencial mudar o sistema para que o clima não mude" e defende que é preciso "alterar as políticas e o modo de produção de forma a garantir a sustentabilidade do planeta". Foi o voto que mais dividiu o hemiciclo: com Chega, CDS e Iniciativa Liberal a votarem contra e todos os outros a aprovarem o voto bloquista.