Os filtros de partículas são muitas vezes retirados a pedido dos clientes, em oficinas, já que os componentes causam alguns problemas nas viaturas.
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A ANECRA garante que tem sensibilizado os seus associados para as implicações da retirada dos filtros de partículas nos automóveis a gasóleo.
Alexandre Ferreira, presidente da Associação Nacional das Empresas de Comércio e Reparação Automóvel, condena esta prática, em entrevista à TSF, mas admite que possa haver oficinas que fazem a pedido dos clientes.
"A questão do filtro de partículas é um ato ilegal que obviamente terá de ser condenado desta forma, e verificado através de meios que podem ser colocados ao dispor das IPOs [Oferta Pública], e o problema ser verificado no local certo", começou por dizer Alexandre Ferreira.
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Os centros de inspeção "ainda não dispõem de condições para o detetar, porque o filtro pode não estar instalado, mas também pode estar instalado e haver alterações no software da viatura a que alguns reparadores têm acesso", explicou o presidente da ANECRA.
Alexandre Ferreira adiantou ainda que os condutores pedem às oficinas que retirem os filtros de partículas dos carros a gasóleo, já que este material causa problemas constantes nas viaturas. "Quando o filtro de partículas não está a funcionar como deve ser, a viatura também funciona mal, ou não funciona mesmo", esclareceu o dirigente da Associação Nacional das Empresas de Comércio e Reparação Automóvel.
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As desvantagens do filtro de partículas são, no entanto, mais diversificadas: "Além de consumir mais, tem um rendimento incorreto, e que provoca uma sensação desagradável durante a condução. Tem mesmo de acionar mecanismos, sejam eles de prevenção ou de intervenção efetiva, para proceder à limpeza do filtro de partículas, que não é barata (custa, pelo menos, 150 euros)."
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As avarias dos carros com este tipo de componente são, segundo a ANECRA, recorrentes, o que faz encarecer muito a manutenção do automóvel.