Animais domésticos em restaurantes? Um ano depois, medida ainda tem rédea curta
A lei que entrou em vigor a 25 de junho de 2018 foi proposta pelo Partido Pessoas, Animais, Natureza, e aprovada por unanimidade na Assembleia da República.
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Não há números que reflitam a adesão à medida que entrou em vigor há um ano e que permite a entrada de animais domésticos em estabelecimentos de restauração. No entanto, o tempo não foi, pelo menos ainda, favorável à mudança, de acordo com a Associação de Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.
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A secretária-geral da AHRESP, Ana Jacinto, salientou, à conversa com a TSF, que nunca ditaram aos restaurantes o que fazer, e que cada estabelecimento pode, ou não, exibir o dístico azul. Há precisamente um ano, a dirigente associativa apontava que a regra era pouco clara e que não previa uma mobilização significativa nesse sentido. Agora, Ana Jacinto acredita que o bom senso prevaleceu.
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Um ano depois, a AHRESP mantém também as dúvidas sobre a utilidade da legislação.
A lei que entrou em vigor a 25 de junho de 2018 foi proposta pelo Partido Pessoas, Animais, Natureza, e aprovada por unanimidade na Assembleia da República. Cristina Rodrigues, da Comissão Política Nacional do PAN, diz que, apesar de desconhecer se há mais restaurantes a permitir a entrada de animais, acredita que algo mudou.
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Para Cristina Rodrigues, esta é uma medida que primeiro se estranha e depois se entranha.
Até à entrada em vigor da lei, apenas os cães de assistência eram permitidos dentro de restaurantes ou bares. Agora, nos locais que o permitiram, os animais podem entrar mas têm de estar presos, "com trela curta", e "não podem circular livremente".