Aniversário do PSD. Tanto Moreira da Silva como Luís Montenegro querem "renovar" o partido
No dia em que o PSD comemora 48 anos, os dois candidatos à liderança do partido estiveram no Fórum TSF a falar sobre o futuro.
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Jorge Moreira da Silva diz que não deixou a carreira para ser apenas um líder da oposição. O candidato à presidência do PSD marcou presença no Fórum TSF esta sexta-feira, onde se discutiu o aniversário do partido e a luta para a sucessão de Rui Rio.
O social-democrata sublinhou que Portugal vive o contexto mais difícil dos últimos 70 anos devido ao impacto da pandemia e da guerra na Ucrânia. São tempos que exigem que o PSD não se limite a criticar e traga esperança ao país.
"Temos de fazer uma escolha que não é apenas de um líder da oposição. Lamento, mas não é só isso, não chega. Precisamos de um líder da oposição que seja portador das competências e inovação que permita, abrir, renovar o PSD, modernizá-lo e ter propostas concretas para o país. Entendo que é isto que está em causa", defendeu na TSF Jorge Moreira da Silva.
Além disso, o candidato à liderança do PSD garantiu que não decidiu entrar na corrida à liderança do partido para marcar vez, mas sim para reformar e adaptar o partido aos novos tempos.
"Não atirei para trás a minha carreira internacional e não me demiti da OCDE para concorrer ao PSD e marcar vez para a próxima. Da próxima vez já é tarde demais. Precisamos de aproveitar quatro anos de oposição para refundar o PSD, mudar profundamente as suas linhas programáticas, os estatutos para nos tornarmos num partido moderno, aberto e capaz de envolver militantes e eleitores. Temos de liderar uma oposição firme, eficaz e reformista, que não seja apenas a última coisa que nos entra pela capa de um jornal dentro", afirmou o candidato à liderança do PSD.
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Já Luís Montenegro, que é recandidato à liderança do PSD, sublinhou a importância de o partido não se limitar a debitar propostas e ideias. O antigo líder da bancada parlamentar social-democrata considera que é muito importante que a mensagem seja bem transmitida.
"Isso tem sido um dos grandes problemas do PSD, saber falar e explicar às pessoas que o nosso projeto de intervenção vai abrir um ciclo de desenvolvimento bem maior do que aquele que temos tido. Temos de falar para as pessoas, não ler, decorar e debitar as conclusões desses relatórios. Temos de olhar para tudo aquilo que é a realidade do país, da Europa e do mundo e apresentar soluções", ressalvou Luís Montenegro.
O social-democrata diz-se cada vez mais confiante de que é desta que vai ser líder do PSD.
"A cada dia que passa estou ainda mais motivado, mas com a mesma tranquilidade com que digo isto digo tenho também a humildade de dizer que não conseguirei fazer isto sozinho. Não sou autossuficiente, não sou daqueles que pensa que sabe tudo. Todas as reflexões, ângulos e análises são positivos, mas temos de conjugar o conhecimento, estudo e contributos de todos com o conhecimento da realidade", acrescentou o candidato à presidência do PSD.
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